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Santos, 08 de Agosto de 2011

Lei Maria da Penha: 5 anos de lutas sem fim


No momento em que fazemos alusão aos 5 anos de criação da Lei Maria da Penha, penso que é o momento de refletir sobre o futuro deste instrumento de punição aos agressores e praticantes da violência contra as mulheres, diante das alterações ocorridas no Código Penal.

A recente alteração no Código de Processo Penal causa certa apreensão, mas injustificável. As medidas cautelares criadas pela nova lei podem ser aplicadas, desde que não conflitem com a Lei Maria da Penha, em face do que está exposto em seu art. 4º, o qual estabelece que na interpretação da lei serão consideradas os fins sociais a que se destina, e as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica. A reforma processual recente alterou o art. 313 do CPP , que refere expressamente o art. 312 do mesmo diploma legal, indicando que a violência domestica admite prisão preventiva (inciso III).

A Lei Maria da Penha foi criada com o intuito de diminuir e acabar com a violência doméstica e familiar contra a mulher, violência que atualmente ocorre de forma descontrolada na sociedade. Um dos pontos principais com o novo Código Penal é o incentivo a conciliação. Os especialistas entendem que a punição pode abalar a harmonia familiar.

Pesquisa realizada pelo Instituto Avon/Ipsos, intitulada: Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil constata que seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica, sendo que das 1,8 mil pessoas de cinco regiões brasileiras que foram entrevistadas 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem o conteúdo.

Visualizo que o caminho a percorrermos seja de empoderamento e reforço desta luta incansável e interminável pelo combate a qualquer tipo de violência contra as mulheres. A Lei Maria da Penha deixa claro que a violência doméstica e familiar não é simplesmente um fato natural que acontece na sociedade. A lei mostra que as pessoas que praticam esse tipo de violência cometem crimes, que no qual estão sendo combatidos pela sociedade, enfretamento que se faz necessário para que possamos atingir a erradicação da violência seja ela qual for independente de classe social ou localidade. Até julho de 2011, no Estado de São Paulo, só existe um Juizado de Violência Doméstica. Triste realidade!

Na verdade o Superior Tribunal de Justiça disse que a suspensão da pena deve ser objeto de indagação ao infrator. Bem como exigiu a representação da mulher. A camada feminina da população ainda tem uma luta interminável por seus direitos e por conquista de mais espaços. Avalio que os 5 anos de vigência da lei, desde o processo de sua implementação, dependem de avanços, obstáculos e desafios que fazem parte de nossa luta. Precisamos é fazer a nossa parte, divulgando, apoiando e respeitando esta conquista de toda sociedade, independente de gênero ou classe social. Encarar a violência em todas as suas dimensões, estágios e gradações, exige o envolvimento insessante não só da sociedade como do Poder Público. A solidariedade da sociedade e a intervenção firme do Estado são o caminho para que as mulheres que hoje vivem opressão e violência diária, possam refazer suas vidas com autonomia, dignidade e igualdade de direitos.


Fernanda Vannucci
Coordenadora de Políticas para Mulher em Santos



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Vou postar aqui os artigos que envio ao Jornal Ação Reação:

Santos, 15 de Janeiro de 2011

Região Metropolitana precisa de incentivos do Condesb


 Problemas metropolitanos, discussões metropolitanas e a elaboração de uma política pública metropolitana. É assim que esperamos que o Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Condesb) se posicione mais efetivamente, a partir da nova gestão que será escolhida em fevereiro. Essa expectativa pertence a uma grande parcela da população que sente, principalmente na temporada, os efeitos da ausência de planejamento metropolitano.



Como exemplo, cito o imbróglio que envolve o lixo, que é um problema interminável, onde se discute possibilidades mas, nada é colocado em prática quando se refere a construção da usina de lixo; o transporte metropolitano, que além do alto custo ainda apresenta déficit no atendimento aos passageiros, tanto em termo de conforto como períodos de espera; acessibilidade em todas as cidades que é bastante tímida e não segue totalmente as regras exigidas por legislações nacionais; extermínio das áreas de risco e criação de habitações populares para atender a extensa demanda de moradores; investimentos intensivos na área do esporte como ferramenta de combate as drogas e o grande consumo de bebidas alcoólicas; incentivos para a malha ferroviária como opção de transporte de geração de renda e desenvolvimento do País, enfim são inúmeras questões que merecem uma atenção especial de autoridades públicas que são responsáveis pela gestão de cidades, pessoas e crescimento em diversas áreas.


Um avanço foi dado com a criação da Câmara Temática de Desenvolvimento de Políticas de Transporte Hidroviário, que trata diretamente do potencial da região para o uso das hidrovias.


Acredito que o Condesb, criado em 1997, pelo saudoso governador Mário Covas, de fato desenvolva e aplique em prática políticas públicas de maneira metropolitana e que seja analisada, de maneira bastante urgente, a participação em todas as discussões e, principalmente nas decisões, de representantes dos legislativos. Aliás, a União dos Vereadores da Baixada Santista (UVERBS) legalmente constituída já busca a abertura deste espaço há algum tempo, pois ela engloba edis de todas as Câmaras da RMBS. Momento de eleição é consequentemente, momento de mudança. Portanto, que de fato aconteçam para a evolução da Baixada, dos governantes e da população em geral.



Santos, 8 de Janeiro de 2011

Mais uma vitória para nós!

          
         

Começamos 2011 com uma notícia bastante especial: “A Central de Atendimento à Mulher é regulamentada por Decreto”. Isto significa que, em suas últimas ações ainda como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o Decreto nº 7.393/2010 que regulamenta a Central 180, utilizada para denunciar casos de violência contra as mulheres em qualquer lugar do País. Até o final do ano passado, mais de 1,5 milhão de atendimentos foram registrados. Além de receber relatos e denúncias sobre violências praticadas contra as mulheres, a Central também orienta o que fazer nesses casos, encaminha para a Rede de Serviços de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, informa as autoridades competentes e registra informações estatísticas sobre a violência contra as mulheres, com a finalidade de subsidiar o sistema nacional de dados e de informações relativas às mulheres.
Não podemos ter medo de denunciar. Quem se cala, certamente está consentindo a propagação desta violência. O que nos dias atuais é inadimissível. Todas as mulheres, vítimas de violência, devem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, através do número 180. As ligações podem ser feitas por qualquer telefone - seja ele móvel ou fixo, particular ou público (orelhão, telefone de casa, telefone do trabalho, celular). É importante saber que toda ligação feita à Central é gratuita. O serviço funciona 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana e feriados.
Vemos que aos poucos questões ligadas às mulheres estão sendo estruturadas, sempre com o propósito de combater barbáries cometidas contra esse suposto sexo frágil. Hoje, existe uma Lei que nos resguarda direitos e pune nossos agressores. A Lei Maria da Penha é, definitivamente, um marco nesta luta incessante contra homens que tratam as mulheres como produtos de posse, sem respeito ou dignidade. Espero que em 2011 os números de violência diminuam e que os agressores sejam, severamente, punidos como forma de exemplo para outros que, em algum momento, imaginam ter o direito de agredir suas namoradas, esposas ou amigas. Que 2011 seja o ano de dizemos BASTA!


Santos, 18 de Dezembro de 2010
Diferenças salariais são sinônimo de violência

        Apesar da aparente igualdade entre os sexos, os salários entre homens e mulheres continuam sendo diferentes. Parece utopia, mas concentração de renda para determinadas classes e espécies ainda existe na economia atual no Brasil. Ser homem e branco ainda é sinônimo de vantagem, principalmente, na questão do ganho salarial. Em contrapartida, mulheres e negros ainda sofrem discriminação. Esta triste realidade faz parte do estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado esta semana, que mostra de maneira bastante clara as diferenças salariais entre sexos e cor.
        O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que há 95,9 homens para cada 100 mulheres no País. O ganho dessas mulheres chegou a R$ 12,7 bilhões em outubro deste ano, sendo que o mesmo cálculo para os homens atingiu R$ 21,2 bilhões. Esta diferença vai mais além do que imaginamos. Um País onde dizemos que a discriminação é fato quase que superado, vemos que não é bem assim que funciona na prática.
        O mundo dos negócios não é restrito aos homens, mas questiono até que ponto as mulheres tem tirado vantagens dessas situações, pois vemos muitas delas tendo que exercer mais de uma jornada, quando contabilizamos as obrigações de casa e com filhos, tendo como contrapartida ter que aceitar a redução em seus ganhos. Difícil aceitar esta realidade.
No geral, o salário médio de admissão dos homens é de R$ 856,88 e o das mulheres é de R$ 753,23, sendo que Sergipe é o único estado brasileiro onde os salários médios de admissão das mulheres superam os dos homens, R$ 737,07 e R$ 693,97, respectivamente.
       Além da brecha salarial, as mulheres sofrem outros tipos de discriminação, como uma menor promoção da carreira profissional e a carência de políticas que conciliem o trabalho e a vida familiar. Fica a pergunta: até quando teremos que sofrer uma violência como está?


Vemos que aos poucos questões ligadas às mulheres estão sendo estruturadas, sempre com o propósito de combater barbáries cometidas contra esse suposto sexo frágil. Hoje, existe uma Lei que nos resguarda direitos e pune nossos agressores. A Lei Maria da Penha é, definitivamente, um marco nesta luta incessante contra homens que tratam as mulheres como produtos de posse, sem respeito ou dignidade. Espero que em 2011 os números de violência diminuam e que os agressores sejam, severamente, punidos como forma de exemplo para outros que, em algum momento, imaginam ter o direito de agredir suas namoradas, esposas ou amigas. Que 2011 seja o ano de dizemos BASTA!

Não podemos ter medo de denunciar. Quem se cala, certamente está consentindo a propagação desta violência. O que nos dias atuais é inadimissível. Todas as mulheres, vítimas de violência, devem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, através do número 180. As ligações podem ser feitas por qualquer telefone - seja ele móvel ou fixo, particular ou público (orelhão, telefone de casa, telefone do trabalho, celular). É importante saber que toda ligação feita à Central é gratuita. O serviço funciona 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana e feriados.

Vemos que aos poucos questões ligadas às mulheres estão sendo estruturadas, sempre com o propósito de combater barbáries cometidas contra esse suposto sexo frágil. Hoje, existe uma Lei que nos resguarda direitos e pune nossos agressores. A Lei Maria da Penha é, definitivamente, um marco nesta luta incessante contra homens que tratam as mulheres como produtos de posse, sem respeito ou dignidade. Espero que em 2011 os números de violência diminuam e que os agressores sejam, severamente, punidos como forma de exemplo para outros que, em algum momento, imaginam ter o direito de agredir suas namoradas, esposas ou amigas. Que 2011 seja o ano de dizemos BASTA!
Santos, 11 de Dezembro de 2010
Feminilidade santista em primeiro lugar
         Santos é a cidade mais feminina do Brasil! Ótima notícia dada pelo Censo 2010, que constatou o que já prevíamos. Esta notícia também nos trouxe mais responsabilidade. Sendo a maioria, precisamos de união conjunta em torno de ações sociais, defesa de políticas públicas, organização como um todo. Se estivermos unidas teremos força e, conseqüente, representatividade.

        Já atingimos 54,25% dos moradores santista, sendo 227.701 mulheres. Número bastante significativo e que nos remete a importância de ocupar o primeiro lugar. Novos tempos! A mulher já não é mais segundo plano na sociedade. Somos o carro chefe! Estamos no comando! Portanto, ditamos regras. Temos que estabelecer nosso foco. Definir metas. Só assim teremos base para atuar, campos para progredir. É necessário mais investimento em diversos sentidos, saúde, educação, segurança, habitação, mercado de trabalho. 
        Ainda sofremos barreiras e discriminação. Mas, esta realidade tende a mudar. Trabalhos de conscientização e mobilização serão decisivos para alterarmos conceitos machistas. Homens e mulheres devem seguir lado a lado, por uma disputa saudável de conquistas sociais e benefícios para o cidadão, independente de sexo, cor ou raça.

        Acredito que Santos estará, mais uma vez, à frente! Ter uma população composta, em sua maioria, por mulheres é algo de grande valia. Só precisamos garimpar esta jóia rara com o máximo de objetivos, avançando a cada dia em qualidade de vida. Cito, como exemplo, de avanço nesta qualidade a necessidade de humanização em atendimentos, seja às mulheres como também aos homens, aos cidadãos de maneira geral e em qualquer que seja o local e tipo de serviço. Temos muito a fazer, então, vamos a luta mulheres!



Santos, 27 de Novembro de 2010
Sensibilizar, uma difícil arte



             Falamos de problemas sociais, pessoas portadoras de deficiência, mulheres discriminadas, enfim, são tantos assuntos relacionados à sociedade, mas que nem sempre envolvem essa mesma sociedade. E como conseguir esta participação? Fico analisando o quanto é difícil conseguir tal êxito, sendo que em certos casos, nos parece uma utopia reunir pessoas que queiram, de fato, ajudar o próximo e praticar um ato de humanidade.

              Achar pessoas que tem essa postura, de ajudar o próximo, é como achar agulha no palheiro. E isto é muito fácil de ser verificado. Quando há reuniões, palestras, encontros, enfim, eventos que tenham um objetivo específico só encontramos pessoas que, de alguma forma, possuem ligação com a causa e sabem da importância de uma mobilização para conquista de benefícios ou melhorias.

             Sensibilizar realmente é uma arte, porque temos que conquistar o coração das pessoas por uma causa, um foco. E aí entendo que acrescentamos mais um item que é o desafio de atingir seu público – alvo. Nada fácil, não é! Mas, também, não é impossível! O que precisamos é de pessoas, sendo poucas ou não, que ao estarem engajadas em alguma luta possam multiplicar essa informação transformando essa rede de atendimento em alicerce para causas tão nobres e que merecem nosso desprendimento, nossa dedicação e nossa atenção.

             Nesta semana, em que lançamos a campanha Basta! Diga não à Violência contra a Mulher, estou acompanhando a importância de nos sensibilizarmos por uma causa. Essa, em específico, das mulheres vítimas de violência, seja ela física, moral, psicológica, patrimonial ou sexual, tem me chamado bastante atenção, pois é triste presenciarmos relatos de violência sofrida por tantas mulheres. São 38 mil por dia em nosso País. Este número choca e nos entristece. O que temos a fazer? Lutar, sensibilizar. Uma difícil arte, mas que se faz necessária.


Santos, 20 de Novembro de 2010
Mulheres: vamos dizer BASTA!

           São 38 mil diariamente. Mas, não são 38 mil mulheres vitoriosas, referência como sinônimos de luta. Somos 38 mil mulheres agredidas, violentas, que fazem parte de uma estatística triste e preocupante.  E o pior que este número é oficial e pergunto: e os casos extra-oficiais, em que mulheres agredidas sofrem caladas, sem registrar um boletim de ocorrência ou mesmo sem falar com um vizinho dos maus tratos em que vive.
Temos que dizer BASTA! a tanta violência, agressões, condições sub humanas de sobrevivência, em que o ser humano se sujeita a tais condições de vida por não tem opção, por desconhecer seus direitos e como conquistá-los.
Temos que dizer BASTA! aos homens que, sem escrúpulos, matam, ameaçam, violentam mulheres, adolescentes e que no final acabam se tornando estatísticas em um País, onde a discriminação das mulheres são ponto forte de palanques políticos, mas que na prática não funcionam como instrumento de poder no combate a tais crimes.
Temos que dizer BASTA! a tantos casos, pois diariamente acompanhamos pela imprensa em geral mulheres mortas, agredidas, desrespeitadas, sofrendo tanta violência que, em um único caso, acaba até ficando difícil saber qual delas foi a pior.
Mulheres: respeitem-se, conheçam seus direitos, saibam como denunciar o agressor! Não podemos admitir tantos abusos caladas, sem nenhuma reação. Até fazendo um trocadilho com nosso jornal, a toda ação há uma reação. E é assim que as mulheres devem agir. Vamos integrar a campanha: BASTA! Diga não à violência contra a mulher que a cidade de Santos lança neste sábado, às 10 horas, na ponta da praia. Espero vocês mulheres, agredidas ou não, o que importa é que somos mulheres e precisamos nos unir e dizer BASTA!   

Santos, 13 de Novembro de 2010
Projeto natimorto
Não importa se o curso é para qualificar ou profissionalizar, o que não podemos aceitar é a aprovação deste Projeto de Lei em tramite na Câmara dos Deputados, que condiciona o trabalhador a estar em uma dessas duas modalidades de curso e com comparecimento de no mínimo 75% das aulas para, assim, ter direito a receber o seguro desemprego.
O seguro-desemprego foi uma grande conquista dos trabalhadores onde pôde proporcionar um pouco mais de tranqüilidade para manter sua condição financeira, até que possa encontrar outra oportunidade no mercado de trabalho. Aliás, para ter direito a receber este dinheiro, já existem regras: todo o trabalhador dispensado sem justa causa; aqueles cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador; pescadores profissionais durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das espécies e trabalhadores resgatados da condição de escravidão. Não é citado, aqui, a questão dos analfabetos, mas não podemos deixar de dizer que o Brasil, infelizmente, ainda é um país com índices altos de analfabetismo, o que acaba por inviabilizar tal projeto.  
Quero aqui também chamar a atenção dos leitores para uma questão bastante importante, onde já está previsto esta qualificação do trabalhador. “O seguro-desemprego é um benefício da previdência social, com fundos do FAT. Ele é classificado também em modalidades, que visam beneficiar alguns tipos específicos de trabalhadores”. Entre essas modalidades citadas está a modalidade bolsa qualificação, que tem como objetivo incentivar capacitação de funcionários, de modo a evitar sua demissão, através da suspensão do contrato de trabalho, em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador. Portanto entendo como desnecessário tal Projeto, até por ferir um direito já adquirido. Quanto a qualificação ou capacitação deste trabalhador é, também, responsabilidade do empregador que investe em pessoas, como forma de consciência da cidadania e não somente buscar novos equipamentos. Para mim este Projeto é natimorto! 

Santos, 6 de Novembro de 2010

            “Sim, a mulher pode!”

“...Este fato, para  além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: “Sim, a mulher pode!””. Este é o início do discurso de Dilma Rousseff logo após ser eleita como primeira mulher presidente eleita do nosso País, que é a oitava maior economia do mundo e posiciona-se à lista de mulheres chefes de Estado e governo.
Sem dúvida sua fala foi motivo de orgulho a todas as mulheres, principalmente nós que lutamos por equidade de gênero, empoderamento deste que pode parecer ser o sexo frágil, mas que em passos bem largos vem se posicionando na sociedade como referência de respeito e luta interminável. Em seu primeiro discurso, pós eleita, a presidente garantiu comprometimento com a estabilidade econômica, com a liberdade de imprensa e religiosa e com os direitos humanos.
A política brasileira ainda é muito masculina. Não temos mulheres como presidentes de Legislativos, na Câmara Federal ou Senado. Vejam que dos 27 governadores eleitos, apenas duas são mulheres: Roseana Sarney, no Maranhão e Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte. Em entrevistas aos órgãos de imprensa, durante a semana, Dilma diz que buscará nomes femininos para compor seu governo e, principalmente, fará valer a Lei Maria da Penha. O importante é mostrar às mulheres que elas podem conquistar posições que, em outros tempos, eram tidas como privilégio nato dos homens e assim fazer valer esta celebra frase de nossa presidente: “Sim, a mulher pode!”.


Santos, 30 de Outubro de 2010

Mulheres: 78 Anos de conquista ao voto!


Novembro é um mês de várias comemorações, mas sem dúvida, uma delas não pode passar desapercebida: o Direito do Voto Feminino! Em 1932, Getúlio Vargas promulgou o novo Código Eleitoral provisório, que garantiu o direito de voto às mulheres casadas, desde que autorizadas pelos maridos, e a algumas mulheres solteiras ou viúvas, que tivessem renda própria. Em 1933, foi eleita a primeira deputada do Brasil, Carlota Pereira Queiroz. Em 1934, a Assembléia Nacional Constituinte assegurou o pleno direito do voto feminino, sem restrições, fato que garantiu uma vitória das mulheres, tendo em vista a garantia das conquistas pela igualdade social.
Portanto, depois desta semente plantada podemos já colher alguns frutos. Hoje temos políticas e serviços públicos voltados às mulheres e, principalmente, nas questões políticas o fato de ser obrigatório a participação feminina na composição dos partidos políticos, o que deixa de ser algum favor que alguém um dia imaginou fazer ao intitulado grupo do “sexo frágil”.
Nossa resistência para superar tantos obstáculos já foi claramente demonstrada ao longo dos períodos de lutas e conquistas. Hoje, o direito ao voto se tornou decisivo, pois superamos a marca dos 50% do eleitorado nacional, o que nos coloca em um patamar bastante representativo, e até obrigando de certa forma, os candidatos a pensarem em propostas que objetivamente atinjam o universo feminino.
Avalio que a mulher está rotulada na política, como um ser frágil, que precisa de muita dedicação para provar que é mesmo competente e que sabe se articular. Constantemente é testada em quaisquer circunstâncias e em todo momento, por um universo que lhe cobra maior eficiência, mais competência, volume de realizações e que dificilmente demonstram satisfação com os resultados por elas apresentados.
A conquista do voto é fruto da coragem e de uma demonstração admirável do quanto podemos e do quanto valemos. O Brasil, hoje, ocupa o 107º lugar no ranking mundial de participação política feminina. Este dado é abaixo do esperado, mas comprovado quando pesquisamos os números de políticas na Câmara Federal, assim como nos estados e municípios. Após 78 anos vejo que a história mudou e transformou o voto feminino em fator decisivo no quadro político nacional. Que possamos nos unir e, assim, demonstrar nossa força e competência, seja na hora de votar como no momento de ingressar em algum partido para que não sejamos, simplesmente, cota de siglas partidárias. Vamos nos posicionar e praticar a política no seu ápice, com instrumento de luta por você e todos que, de alguma forma, podem ser contemplados.
Parabéns Mulheres!



Santos, 23 de Outubro de 2010


Imediatismo contra a violência

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que a mulher que sofre violência doméstica não precisa apresentar representação formal para abertura de processo com base na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). Conquista! É assim que avalio esta informação divulgada, recentemente, nos principais sites e meios de comunicação em geral.
O que precisamos partir de então é propagarmos esta notícia, pois a informação é definitivamente o alicerce para mulheres vítimas de violência que, infelizmente, ainda não tem conhecimento das portas que podem se abrir ao denunciar seu agressor. A decisão de agora estabelece que essa representação dispensa formalidades, uma vez que está clara a vontade da vítima em relação à apuração do crime e à punição do agressor. Se a mulher comparece à delegacia para denunciar o agressor, já está manifestado o desejo de que ele seja punido e, na maioria dos casos, superando seus próprios limites.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) havia negado a concessão de habeas-corpus para um homem acusado com base na Lei Maria da Penha. De acordo com a decisão, em nenhum momento a lei fala de impor realização de audiência para a ofendida confirmar a representação.
Para o Tribunal de Justiça (TJ), isso só ocorreria com o pedido formal da vítima ou evidência da sua intenção de se retratar, e desde que antes do recebimento da denúncia, é que o juiz designará audiência para, ouvido o Ministério Público, admitir a retratação da representação. Quanta burocracia. O que sei, acompanhando os inúmeros casos de violência, é que em qualquer uma delas, não faltam seqüelas, pois os ferimentos podem, a principio, serem somente externos, mas para quem sofre deste mal   sabe o quanto tal atitude machuca o Ser.
Portanto, não podemos mais aceitar, por exemplo, que o acusado aponte irregularidades no processo, alegando que a vítima não havia feito representação formal contra ele. A abertura da ação penal tem que ser um ato imediato, assim como a violência ocorreu. Por isso digo: Basta!


Santos, 16 de Outubro de 2010


Mulheres e política: uma combinação na medida certa
O aumento da participação das mulheres nas campanhas eleitorais ainda não se refletiu nas urnas neste ano. A prova desta informação está em um dado muito triste: A Lei de Cotas não foi cumprida por 82,6% dos partidos/coligações em todo o país nas Eleições 2010, sendo que apenas 17,3% dos partidos/coligações em todos os Estados e no Distrito Federal alcançaram o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas para a Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmara Distrital. Para termos idéia nos Estados do Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Tocantins, nenhum partido/coligação alcançou 30%. Somente Mato Grosso do Sul aintigiu o índice, pois 54,54% dos partidos/coligações preencheram as vagas femininas.
E após contabilizar as urnas temos em todo o Brasil 44 deputadas federais eleitas e 12 senadoras, totalizando 56 mulheres no Congresso Nacional. Um número que ainda pode aumentar com o desenrolar jurídico da chamada Lei da Ficha Limpa. Com esses dados nas mãos parece que a representatividade feminina é alta, mas sentimos verdadeiramente a existência de barreiras partidárias e financeiras. Por que os partidos não atingem suas cotas? Esta pergunta é peça chave a ser respondida, pois não podemos somente atingir uma porcentagem. As mulheres precisam, de fato, estarem engajadas no processo político e na política, pois a praticamos em nosso dia a dia.  
O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) avalia que o voto em mulheres quebra paradigmas, mas, por enquanto, não consegue conter a força da cultura patriarcal. Não podemos somente “preencher” os 30% das cotas nos partidos. Temos que levantar bandeiras de luta e posicionamentos firmes sobre as questões que envolvam mulheres, crianças, jovens, idosos, enfim, não importa. Entendo que precisamos de um equilíbrio para que o eleitorado não leve em conta somente o gênero do candidato na hora da escolha, mas sim seu histórico, suas lutas e seus posicionamentos. Uma das frases mais utilizadas nesta última eleição foi: “Desta vez vou votar em mulher!”, como se esta ação fosse uma prática de protesto porque os homens não têm feito política corretamente, ou mesmo, que as mulheres são as salvadoras do Mundo! Não. Somos mulheres e com muito orgulho!


Santos, 9 de Outubro de 2010

Grupos organizados no combate aos conflitos sociais


            Começo esta semana fazendo um questionamento: o que é a Sociedade Civil Organizada? Um conceito formal é facilmente encontrado na internet que define como ”uma parte da sociedade civil que se organiza na luta por maior inserção na atividade política, legitimada, principalmente, pela ocorrência de duas determinantes: a impossibilidade de resolução dos grandes problemas, que hoje assolam a humanidade, através de ações apenas governamentais ou de mecanismos de mercado; e em função da atual situação de descrédito nos sistemas de representação política”.
E na prática, como esta sociedade, um tanto quanto diferente, funciona, quais são seus propósitos? Entendo que este tipo de sociedade é formado por um grupo criado para defender e buscar soluções à questões que atingem a população em geral. Na maioria dos casos, suas ações e existência se tornam extremamente importantes, pois acabam por fazer a complementação de atitudes públicas que, em determinadas situações, são extremamente precárias.
Não posso citar um exemplo específico de trabalhos realizados neste sentido, por isso vou elencar alguns nichos que sei da eficácia dos movimentos como crianças e adolescentes em situação de risco; mães e mulheres em geral vítimas de algum tipo de violência; pessoas portadoras de deficiência; outros que sofrem com alguma discriminação; idosos enfim, são tantas camadas sociais absorvidas por esta Sociedade que, por um lado me preocupam e, por outro, me alegram.
A preocupação é por conta da existência desses chamados conflitos sociais que dependem quase que, em certos casos, totalmente das ações desse grupo organizado que planeja, executa e implanta políticas sociais respaldadas em conceitos, leis e direitos garantidos. A alegria é por ver que seja qual for a classe da sociedade, sempre existe uma plataforma de recursos, projetos e interesses por parte dos grupos organizados que podemos elencar como ONG’S, OCIP’s, enfim, diversas nomenclaturas, mas que ao se proporem conseguem atingir seus objetivos.
Que venham então, mais grupos gerados dentro desta Sociedade Civil Organizada, pois somente assim teremos um País mais próspero e, de fato, sedimentado em idéias e projetos sempre na luta por maior inserção na atividade política, legitimada combatendo os grandes males do desenvolvimento que em certos casos se tornou despreocupado e ganancioso e, como conseqüência, esfriou os corações humanos cegando-lhes os olhos frente aos seus semelhantes.



Santos, 1 de Outubro de 2010

Restauro da História e respeito aos cidadãos


Importante não somente para Santos, mas para o País de maneira geral, o Centro Histórico nos leva a uma viagem pelo tempo, partindo de 1545 quando foi fundado em meados do século XIX.
Apreciar as maravilhas dos edifícios e monumentos que representam períodos diferentes da história é uma experiência belíssima vivida não somente por turistas, mas qualquer pessoa que sabe o quanto é importante mantermos viva essa contagem do tempo.
Pelo que acompanho na imprensa, está se encerrando o prazo para a liberação da verba federal, orçado em R$ 7 milhões, para a reforma e restauro da Casa da Frontaria Azulejada, onde será, também, abrigado o Museu José Bonifácio. Magnífico ver o empenho da Administração em restaurar o casarão e, ainda incluir como mais um ponto de visitação o Museu.
Denomino tal ação como respeito a todos os cidadãos que, de alguma forma, acompanharam ou viveram essa história. É importante ressaltar o incentivo fiscal dado às empresas que participam deste Programa de Revitalização e Desenvolvimento da Região Central Histórica de Santos.
Tudo isso demonstra os avanços necessários neste setor que, sem dúvida, é extremamente importante, pois é nosso cartão postal. Como diz o dito popular: Um povo que não tem memória, é um povo sem história”! Por isso, Santos está, neste caso, na contramão deste percurso, o que nos deixa muito felizes. 



Santos, 25 de Setembro de 2010


Já não somos, somente, telespectadoras

           A nova Lei Eleitoral definiu claramente a questão da participação das mulheres nas disputas eleitorais. Os partidos ou coligações que disputam as eleições proporcionais – neste pleito atual para deputado Federal e Estadual – que não preencherem a proporção de 70% das vagas para um sexo e 30% para outro, deverão apresentar justificativas para a Justiça Eleitoral.
Caso tal argumentação não seja aceita, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já decidiu que as candidaturas deverão ser acrescentadas ou subtraídas até que os 70/30 sejam alcançados. Com as alterações feitas no ano passado, o Congresso definiu que 30% das vagas proporcionais nas chapas não mais devem ser reservadas para mulheres, mas sim preenchidas por elas (ou por homens, no caso hipotético de haver a maioria de candidatas na disputa).
Tal modificação me levou a fazer um levantamento, através dos sites das Câmaras Municipais da Região Metropolitana, onde constatei o que já é de conhecimento público: a baixa participação das mulheres. Em alguns Legislativos como Bertioga, Praia Grande, São Vicente, Guarujá e Mongaguá este número é nulo, o que me entristece, por saber da necessidade da presença feminina na confecção de leis que garantam nossos direitos.
Em Santos temos, nesta atual legislatura, duas representantes que vem se desdobrando para atender a demanda, inclusive, das próprias mulheres que a cada momento vem se superando e fazendo parte das discussões e ações efetivas de modificação de nosso panorama geral. Não estou de forma alguma fazendo campanha para algum candidato (a) em específico, mas fico feliz em ver duas mulheres concorrendo ao cargo máximo da política nacional. Isto é uma sinalização de que os partidos estão percebendo a força da mulher. A igualdade de gênero não pode mais ser algo utópico e sim verdadeiro.

Feminilidade santista em primeiro lugar
Santos é a cidade mais feminina do Brasil! Ótima notícia dada pelo Censo 2010, que constatou o que já prevíamos. Esta notícia também nos trouxe mais responsabilidade. Sendo a maioria, precisamos de união conjunta em torno de ações sociais, defesa de políticas públicas, organização como um todo. Se estivermos unidas teremos força e, conseqüente, representatividade.
Já atingimos 54,25% dos moradores santista, sendo 227.701 mulheres. Número bastante significativo e que nos remete a importância de ocupar o primeiro lugar. Novos tempos! A mulher já não é mais segundo plano na sociedade. Somos o carro chefe! Estamos no comando! Portanto, ditamos regras.  Temos que estabelecer nosso foco. Definir metas. Só assim teremos base para atuar, campos para progredir. É necessário mais investimento em diversos sentidos, saúde, educação, segurança, habitação, mercado de trabalho.
Ainda sofremos barreiras e discriminação. Mas, esta realidade tende a mudar. Trabalhos de conscientização e mobilização serão decisivos para alterarmos conceitos machistas. Homens e mulheres devem seguir lado a lado, por uma disputa saudável de conquistas sociais e benefícios para o cidadão, independente de sexo, cor ou raça.
Acredito que Santos estará, mais uma vez, à frente! Ter uma população composta, em sua maioria, por mulheres é algo de grande valia. Só precisamos garimpar esta jóia rara com o máximo de objetivos, avançando a cada dia em qualidade de vida. Cito, como exemplo, de avanço nesta qualidade a necessidade de humanização em atendimentos, seja às mulheres como também aos homens, aos cidadãos de maneira geral e em qualquer que seja o local e tipo de serviço. Temos muito a fazer, então, vamos a luta mulheres!  

Feminilidade santista em primeiro lugar
Santos é a cidade mais feminina do Brasil! Ótima notícia dada pelo Censo 2010, que constatou o que já prevíamos. Esta notícia também nos trouxe mais responsabilidade. Sendo a maioria, precisamos de união conjunta em torno de ações sociais, defesa de políticas públicas, organização como um todo. Se estivermos unidas teremos força e, conseqüente, representatividade.
Já atingimos 54,25% dos moradores santista, sendo 227.701 mulheres. Número bastante significativo e que nos remete a importância de ocupar o primeiro lugar. Novos tempos! A mulher já não é mais segundo plano na sociedade. Somos o carro chefe! Estamos no comando! Portanto, ditamos regras.  Temos que estabelecer nosso foco. Definir metas. Só assim teremos base para atuar, campos para progredir. É necessário mais investimento em diversos sentidos, saúde, educação, segurança, habitação, mercado de trabalho.
          Ainda sofremos barreiras e discriminação. Mas, esta realidade tende a mudar. Trabalhos de conscientização e mobilização serão decisivos para alterarmos conceitos machistas. Homens e mulheres devem seguir lado a lado, por uma disputa saudável de conquistas sociais e benefícios para o cidadão, independente de sexo, cor ou raça.

            Acredito que Santos estará, mais uma vez, à frente! Ter uma população composta, em sua maioria, por mulheres é algo de grande valia. Só precisamos garimpar esta jóia rara com o máximo de objetivos, avançando a cada dia em qualidade de vida. Cito, como exemplo, de avanço nesta qualidade a necessidade de humanização em atendimentos, seja às mulheres como também aos homens, aos cidadãos de maneira geral e em qualquer que seja o local e tipo de serviço. Temos muito a fazer, então, vamos a luta mulheres!


Santos é a cidade mais feminina do Brasil! Ótima notícia dada pelo Censo 2010, que constatou o que já prevíamos. Esta notícia também nos trouxe mais responsabilidade. Sendo a maioria, precisamos de união conjunta em torno de ações sociais, defesa de políticas públicas, organização como um todo. Se estivermos unidas teremos força e, conseqüente, representatividade.

Já atingimos 54,25% dos moradores santista, sendo 227.701 mulheres. Número bastante significativo e que nos remete a importância de ocupar o primeiro lugar. Novos tempos! A mulher já não é mais segundo plano na sociedade. Somos o carro chefe! Estamos no comando! Portanto, ditamos regras.  Temos que estabelecer nosso foco. Definir metas. Só assim teremos base para atuar, campos para progredir. É necessário mais investimento em diversos sentidos, saúde, educação, segurança, habitação, mercado de trabalho.

Ainda sofremos barreiras e discriminação. Mas, esta realidade tende a mudar. Trabalhos de conscientização e mobilização serão decisivos para alterarmos conceitos machistas. Homens e mulheres devem seguir lado a lado, por uma disputa saudável de conquistas sociais e benefícios para o cidadão, independente de sexo, cor ou raça.





Acredito que Santos estará, mais uma vez, à frente! Ter uma população composta, em sua maioria, por mulheres é algo de grande valia. Só precisamos garimpar esta jóia rara com o máximo de objetivos, avançando a cada dia em qualidade de vida. Cito, como exemplo, de avanço nesta qualidade a necessidade de humanização em atendimentos, seja às mulheres como também aos homens, aos cidadãos de maneira geral e em qualquer que seja o local e tipo de serviço. Temos muito a fazer, então, vamos a luta mulheres!  

Santos, 18 de Setembro de 2010

Candidatos pop star não!


            Chega de conformismo e de políticos corruptos! Entendo, de certa forma, o desânimo da população neste período eleitoral, quando somos bombardeados com propagandas, pedidos de voto, candidatos nas feiras, supermercados ou no cafezinho. Acabamos enfadados com toda esta corrida pelo poder, mas em contrapartida não podemos ficar omissos e, por queiram ou não, temos que fazer parte do cenário político do qual depende o futuro do País.
Integramos a era digital e o acesso a informação é inerente a vontade pessoal. Hoje, facilmente conseguimos o histórico dos candidatos, ao acessarmos o mundo virtual nos deparamos com as mais variadas notícias em relação aos candidatos, suas propostas e ainda sua ficha “limpa ou suja”, mas fico aborrecida ao ler a preferência dos eleitores por candidatos “pop star” que surgem como uma ferramenta de protesto contra os atuais integrantes de cargos eletivos.
A Lei “Ficha Limpa” foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se transformou em um marco para a democracia no combate a corrupção e a impunidade no País. Avalio esta lei como uma valorização do nosso voto e, um subsídio eficaz no combate a ridicularizará do nosso poder de cidadania. 
O poder, no momento, é nosso! Portanto faça valer seu direito. Está chegando a hora de decidir nosso futuro. Estamos cansados dos escândalos, das corrupções, e da falta de ética que assola a nossa sociedade e nosso país.
Nos impuseram o voto obrigatório, não vamos desperdiçá-lo, estude o candidato que pretende votar.
O Voto de protesto só beneficia “ELES”!

Santos, 11 de Setembro de 2010

Não importa as condições climáticas, Santos sempre tem atrações para seus visitantes





Faça chuva ou faça sol, não importa. Para os turistas que escolhem Santos, como uma opção de lazer em época de feriado, sempre se deparam com múltiplas alternativas de diversão. Neste último feriado de 7 de Setembro, a rede hoteleira registrou 80% de ocupação, um movimento considerado acima do normal, mesmo com as condições climáticas adversas.
Um dos termômetros da grande movimentação, não foi detectado somente em supermercados e shoppings. Sem o relaxante passeio pelas praias, outros pontos turísticos despontaram como: a linha de ônibus turístico Conheça Santos; Aquário Municipal e a Linha do Bonde Turístico do Centro Histórico, que registraram um número superior de visitantes se compararmos nesta mesma época no ano passado.
Outra novidade que nossa Cidade recebeu, nos últimos dias, foi o novo modelo de classificação hoteleira, que visa aprimorar, em nível internacional, as acomodações do País para os eventos como a Copa de 2014 e Olimpíadas 2016. O modelo prevê sete tipos de meio de hospedagem: hotel, pousada, hotel-fazenda, hotel histórico, cama e café, flat e resort.  
Com toda movimentação turística, avalio que Santos está expandindo o chamado turismo de negócios e incrementando o movimento hoteleiro fora da temporada de verão. Não podemos definir a praia como única fonte de atração turística. Ela é ponto importante, mas não pode ser a única, de forma alguma.


Santos, 4 de Setembro de 2010


União de esforços resulta em conquista de vida

          Em 18 de novembro de 2007 abri meu blog (WWW.fernandavannucci.blogspot.com) para falar da importância dos hospitais e Santa Casa de Santos adquirirem um importante aparelho no tratamento de diversos tipos de câncer: o Acelerador Linear. Em maio deste ano postei novo texto no blog, onde relatei minha emoção em participar da assinatura das emendas no valor de R$ 500 mil, cada, entre a Santa Casa de Santos, na pessoa do Provedor, Manoel Lourenço das Neves,  o superintendente, Erimar Brehme, deputados Estaduais e representante da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo para a aquisição deste aparelho. E pretendo, até o final deste ano, comemorar com milhares de pessoas que fazem este tratamento a iniciação do atendimento.

Podemos afirmar que esta conquista é fruto de uma campanha muito especial, da qual sou madrinha, intitulada “Santa Casa e Você contra o Câncer”, onde mostramos à população e, autoridades em geral, a importância da união de esforços para a compra deste aparelho que culminará com a eficiência e agilidade ao tratamento de diversos tipos de câncer. Atendimentos que eram feitos em São Paulo, agora poderão ser feitos em Santos, como, por exemplo, os tumores de próstata e infantil.
A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos é classificada como Centro de Alta Complexidade de Oncologia pelo Ministério da Saúde. O Acelerador Linear é considerado top no tratamento de radioterapia, quinze vezes mais potente do que a bomba de cobalto e tem uma precisão muito maior, o que afasta o risco de lesionar órgãos vizinhos ao tumor.
Não fosse a união de todos não teríamos conseguido. Foi deixado de lado os partidos e vaidades e se pesou apenas um objetivo: o melhor atendimento para a população da Baixada Santista.

Santos, 28 de Agosto de 2010

A popularidade da violência

         Modismo, tendência ou casuísmo. Não sabemos bem o que acontece, mas é fato que a violência contra a Mulher se tornou manchete em jornais, provocou coberturas jornalísticas grandiosas, assunto de grupos de discussão, debates em Universidades, enfim, popularizou-se. Para quem presencia histórias como da advogada Mércia Nakashima e de Eliza Samudio sabe que mais de 50% das mulheres brasileiras tem um dia-a-dia de violência constante em seus lares ou mesmo em locais de trabalho na questão do assédio moral.

Em uma recente matéria publicada pelo Jornal O Estado de São Paulo, fiz a leitura de um dado que impressiona: em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. A motivação geralmente é passional. O resultado é fruto do estudo intitulado Mapa da Violência no Brasil 2010, produzido pelo Instituto Sangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio, demonstra a pesquisa.
            Temos a Lei Maria da Penha, criada em 2006, que protege as mulheres e pune os agressores, incentivando a denúncia de crimes de violência doméstica, garantindo proteção às denunciantes e punições aos homens. E aqui faço uma pergunta: o que há em contrapartida como medida de prevenção? Muito pouco. A começar esta discussão vemos a fragilidade do sistema de ensino, que não transforma o jovem em cidadão. Não basta querer. Você tem que fazer acontecer. A ausência de valores como a família, ensino de qualidade, religião, ética entre outros acaba por consentir que toda a adversidade da sociedade, o seu lado mau como dizemos, predomine.
É, no momento da escolha, por qual caminho percorrer, imprescindível ter, os valores que citei acima, muito aguçados em sua mente, seu corpo e sua vida. Importante exemplificar, na figura dos personagens acusados de cometer crimes tão bárbaros, seu perfil histórico. Parece, até, que ao assistirmos ou lermos uma reportagem a respeito, vemos descrito a mesma pessoa
Contudo, a popularização desses casos deve servir de argumento para uma mudança comportamental em nossa sociedade, onde sejam revistos a formação do caráter das crianças, para que as verdadeiras noções de vida sejam repassadas, de fato absorvidas, e não simplesmente assistidas. É chegada a hora de refletirmos sobre qual é o futuro que delimitamos neste mundo tão tecnologicamente avançado, mas que no mesmo ritmo se reporta a um retrocesso medíocre, onde a educação de base é invisível e não firma nenhum efeito concreto no momento de uma escolha comportamental. Triste realidade para um País chamado Brasil!













Diferenças salariais são sinônimo de violência

           Apesar da aparente igualdade entre os sexos, os salários entre homens e mulheres continuam sendo diferentes. Parece utopia, mas concentração de renda para determinadas classes e espécies ainda existe na economia atual no Brasil. Ser homem e branco ainda é sinônimo de vantagem, principalmente, na questão do ganho salarial. Em contrapartida, mulheres e negros ainda sofrem discriminação. Esta triste realidade faz parte do estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado esta semana, que mostra de maneira bastante clara as diferenças salariais entre sexos e cor. 
          O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que há 95,9 homens para cada 100 mulheres no País. O ganho dessas mulheres chegou a R$ 12,7 bilhões em outubro deste ano, sendo que o mesmo cálculo para os homens atingiu R$ 21,2 bilhões. Esta diferença vai mais além do que imaginamos. Um País onde dizemos que a discriminação é fato quase que superado, vemos que não é bem assim que funciona na prática.
         O mundo dos negócios não é restrito aos homens, mas questiono até que ponto as mulheres tem tirado vantagens dessas situações, pois vemos muitas delas tendo que exercer mais de uma jornada, quando contabilizamos as obrigações de casa e com filhos, tendo como contrapartida ter que aceitar a redução em seus ganhos. Difícil aceitar esta realidade.
         No geral, o salário médio de admissão dos homens é de R$ 856,88 e o das mulheres é de R$ 753,23, sendo que Sergipe é o único estado brasileiro onde os salários médios de admissão das mulheres superam os dos homens, R$ 737,07 e R$ 693,97, respectivamente.
        Além da brecha salarial, as mulheres sofrem outros tipos de discriminação, como uma menor promoção da carreira profissional e a carência de políticas que conciliem o trabalho e a vida familiar. Fica a pergunta: até quando teremos que sofrer uma violência como está?

Santos, 11 de Dezembro de 2010

 Em compasso de espera
Entre inúmeros fatos que aconteceram este ano, dois chamaram muito a atenção, quando o tema foi a violência contra as mulheres: os assassinatos de Mércia Nakashima e Eliza Samúdio. Ambos, por motivos diferentes, mas que propagaram uma ação de extrema importância, sendo alicerces para que mulheres, até então vítimas da batuta da violência e de maus tratos, que viviam completamente caladas, passassem a denunciar e apontar seus reais agressores.  
A partir da discussão nacional sobre esses casos, mulheres de todo o país se encorajaram e  foram em busca de seus direitos, denunciaram efetivamente maridos, irmãos, vizinhos, amigos, colegas de trabalho, ou seja, uma quantidade até bem pouco tempo silenciosa. Tomar conhecimento de mortes ocorridas tão abruptamente, foi como uma injeção na veia de todas as cidadãs brasileiras que tiraram a venda dos olhos e enxergaram uma nova realidade.
Acompanhamos, agora, as primeiras decisões da Justiça. No caso de Eliza, o ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado a pena de 4 anos e seis meses pelos crimes de seqüestro, lesão corporal e constrangimento ilegal. O possível crime de homicídio da estudante ainda não foi julgado, mas os tipos de violência praticados por ele já falam por si só. No caso de Mércia, o suposto autor do crime Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra Silva, tiveram suas prisões preventivas decretadas. Ambos irão a júri popular e responderão a crimes como homicídio triplamente qualificado, que significa motivo fútil, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Com tantas violências o que podemos esperar: uma Justiça feita efetivamente na ponta do lápis, onde todos paguem pelos atos cometidos, respondendo às atitudes planejadas contra essas mulheres, que não tiveram a opção de viver e contar suas histórias? Devemos ter esperança? Já não sei bem, pois sempre esperamos da Justiça uma posição austera e cumpridora da Lei. Ficamos aqui em compasso de espera...
Santos, 4 de Dezembro de 2010
Feminilidade santista em primeiro lugar


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